Calhordice da política do segredo

A última reunião da Congregação da FFLCH, que escolheu o novo vice-diretor, foi exemplo do desaparecimento da política que vimos debatendo. Até a hora de começar a reunião ninguém sabia – Ninguém em termos. Weber já dizia que a burocracia opera pela lógica do segredo – quem eram os candidatos, que plataforma tinham, apoios que recebiam, enfim, tudo o que pede a política (no sentido forte do termo) foi banido. Acabou que foi eleito um novo vice-diretor, melhor dizendo: vice-diretora, numa votação chapa-branca. Já não bastasse uma estrutura fechada que nega voto à maioria dos professores, temos que conviver com essa calhordice da política do segredo ou da não-política.